Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico - Ano 4 - Edição nº 197
X SÃO JOSÉ, Esposo da SSma. Virgem Maria
19 de março de 2015
Intróito / Salmo 91. 13-14, 2.
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
O Justo floresce como a palmeira, na plenitude da força, como o cedro do Líbano plantado na casa do Senhor, e nos átrios da casa de nosso Deus. Sl. É bom louvar o Senhor e cantar salmos em honra de vosso Nome, ó Altíssimo. ℣.Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Senhor, nós Vos pedimos sejamos auxiliados pelos méritos do esposo de vossa Mãe Santíssima, para que, por sua intercessão nos sejam concedidas as graças que a nossa própria força não alcança. Vós que, sendo Deus, viveis e reinais.
& Epístola extraída do livro do Eclesiástico 45. 1-6
Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Ele [Moisés], foi amado de Deus e dos homens; sua memória é uma benção. O Senhor fê-lo semelhante aos Santos na glória e engrandeceu-o pelo temor que infundia a seus inimigos; ele com as suas palavras fez cessar os prodígios. Glorificou-o diante dos reis; deu-lhe seus preceitos diante de seu povo e mostrou-lhe a sua glória. Por sua fidelidade e mansidão o santificou e o escolheu dentre todos os homens. Porque Deus o escutou e lhe ouviu a voz, e fê-lo entrar na nuvem. E deu-lhe, face a face, os seus preceitos e a lei da vida e da doutrina.
Gradual / Salmo 20. 4-5
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Senhor, Vós o prevenistes com bênçãos de doçura; pusestes sobre a sua cabeça uma coroa de pedras preciosas. ℣.Pediu-Vos a vida e largos anos lhe concedestes pelos séculos dos séculos.
Tracto / Salmo 111. 1-3
Cantos, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto.
Bem-aventurado o homem que teme o Senhor e se alegra em cumprir os seus preceitos. ℣.Poderosa será a sua posteridade sobre a terra, abençoada será a descendência dos Justos. ℣.Há em sua casa glória e riqueza, e a sua justiça permanece por todos os séculos.
& Evangelho segundo São Mateus 1. 18-21
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé. Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
Estando já desposada Maria, Mãe de Jesus, com José, antes que habitassem juntos, achou-se ter ela concebido por obra do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era um homem justo e não a queria difamar, resolveu deixá-la secretamente. Mas, enquanto intentava isto, um Anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho, dizendo-lhe: José, filho de Davi, não temas receber Maria, como tua esposa, porque O que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. E ela dará à luz um Filho, aos qual tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará seu povo de seus pecados.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 88. 25
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Minha fidelidade e minha misericórdia estão com ele; e em meu Nome se levantará o seu poder.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Senhor, nós Vos rendemos o tributo que Vos é devido, rogando humildemente que conserveis em nós os vossos dons por intercessão de S. José, esposo da Mãe de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, porque em sua festiva solenidade Vos oferecemos este Sacrifício de louvor. Pelo mesmo Jesus Cristo.
Communio / Mateus 1. 20
José, filho de Davi, não temas receber Maria, como tua esposa. Porque O que nela foi concebido é obra do Espírito Santo.
Postcommunio
Dignai-Vos assistir-nos, ó Deus misericordioso, e por intercessão de S. José, vosso Confessor, conservai-nos, propício, os vossos Dons e graças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
São José, Padroeiro da Igreja
1 — Hoje a Igreja apresenta-nos S. José, o grande Patriarca a cuja guarda Deus quis confiar a porção mais escolhida do Seu rebanho: Maria Santíssima e Jesus. Precisamente porque S. José foi escolhido por Deus para guarda da família de Nazaré, primeiro núcleo da grande família cristã, a Igreja quis reconhecer nele o guardião e o patrono de toda a cristandade. É este o significado da festa de hoje que nos convida a fixar o nosso olhar na missão do grande Santo, nas suas relações com Jesus e com a Sua Igreja.
Uma vez conhecido o mistério da Encarnação, toda a vida de José gravita em torno do Verbo Encarnado: por Ele suportou angústias, sofrimentos, canseiras, o seu trabalho; consagrou-Lhe todos os seus cuidados,as suas energias, os seus recursos, todo o seu tempo. Não reservou nada para si, mas, esquecido totalmente das exigências, desejos e opiniões pessoais, entregou-se unicamente aos interesses e à obra de Jesus. Para José não existem senão Jesus e Maria e ele sente que a sua vida não tem outra razão de ser senão servi-los e protegê-los. Desta forma participou em cheio, como colaborador humilde e oculto, na obra da Redenção, e se não acompanhou Jesus na Sua vida apostólica e na Sua morte de Cruz, como Maria, trabalhou, no entanto, pelos mesmos fins do Salvador.
Tendo sido o guarda fiel da Sagrada Família, é impossível que do céu S. José não continue a ser o guarda da grande família cristã, a Igreja inteira, a qual, certa da sua protecção e apoiando-se nela, suplica assim na Missa do dia: «Apoiando-nos sobre o patrocínio do Esposo da Vossa Mãe Santíssima, imploramos, Senhor, a Vossa clemência... e pelos seus méritos e intercessão fazei-nos participar na sua glória celeste» (MR.).
2 — A escolha de S. José para guarda da Família de Nazaré foi também para ele o chamamento à intimidade divina. Não devemos esquecer que S. José se encontra no ponto de divisão entre o Antigo e o Novo Testamento; a primeira parte da sua vida pertence ao Antigo e a segunda ao Novo. Antes da vinda de Jesus, tal como os outros Patriarcas da antiga aliança, ele terá certamente seguido as directivas do seu tempo pelo que as suas relações com Deus teriam sido sobretudo informadas por um sentimento de temor reverencial. Mas desde o momento em que o Anjo lhe revela o mistério da Encarnação e ele vem a saber que Maria, sua Esposa, é a Mãe do Redentor, tudo muda na sua vida. Deus, a quem sempre honrara como o Altíssimo, o Inacessível, o três vezes Santo, aproxima-Se tanto dele que encarna no seio de sua Esposa e o escolhe a ele para Seu pai adotivo. Logo que nasce, é posto em seus braços e confiado aos seus cuidados; irá crescendo sob os seus olhares, comerá à sua mesa e dormirá debaixo do seu teto. Oh! que vida de intimidade! Intimidade não só de relações exteriores, mas também de relações interiores e espirituais, porque José conhece pela fé que Jesus é o seu Deus. Assim, juntamente com Maria, o grande Santo foi o primeiro a penetrar naquela vida de amor e de intimidade com Deus cujas portas nos foram abertas por Jesus. Vejamos José, portanto, cumprindo a sua missão não só com uma total dedicação exterior, mas com o coração cheio de Jesus, com um coração onde se desenrola uma vida riquíssima de intimidade divina. Ao mesmo tempo que se entrega aos deveres do seu ofício de pai adotivo, no segredo da sua alma vive em contínuas relações de amor com o seu Deus, o Verbo Encarnado.
Cada um de nós tem na Igreja a sua missão a cumprir para o bem das almas e para a glória de Deus, missão que exige obras, e muitas vezes obras fatigantes, sacrifícios e atividade intensa. Como S. José, devemos dar-nos com generosidade, com totalidade, sem nos pouparmos, sem reservas; mas devemos igualmente dar-nos às obras de Deus com um coração cheio de Deus, com um coração que vive em intimidade com Ele, alimentando esta intimidade por meio do exercício assíduo da oração. José ensina-nos o seu doce segredo de vida ao mesmo tempo ativa e contemplativa para que, como ele, saibamos dar-nos à ação sem descurar a nossa vida de íntima união com Deus.
Extraído do Livro Intimidade Divina — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
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