Bom Jesus do Itabapoana: 10º domingo depois de Pentecostes
Demais paróquias em que dia 15 não foi feriado: Solenidade da assunção de Nossa Senhora
Dóminus eletrônico - Ano 3 - Edição nº 163
X 10º Domingo depois de Pentecostes
17 de agosto de 2014.
Dai-me, ó meu Deus, humildade e amor; que a humildade guarde em mim a caridade e que esta cresça na medida desejada por Vós.
Dia 22 – FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA –
Aniversário do Abrigo dos Velhos José Lima – 44 anos (1970-2014)
Terça-Feira dia 19, começa o tríduo ao Imaculado Coração de Maria
Aguardamos ansiosos e com muita alegria, a visita dos Padres:
Giovanni Maniero e Paulo Antônio de Araújo, Sociedade dos Servos da Eucaristia.
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Intróito / Salmo 54. 17-23, 2-3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Clamei ao Senhor, e Ele ouviu a minha voz e me livrou daqueles que me perseguem. E humilhou-os O que existe antes dos séculos, e subsistirá para sempre. Descansa no senhor os teus cuidados, e Ele mesmo te nutrirá. Sl. Ouvi, Ó Deus, a minha oração, e não desprezeis a minha súplica; atendei-me e escutai-me. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Ó Deus, que manifestais a vossa onipotência, antes de tudo, compadecendo-Vos e perdoando, aumentai para conosco a vossa misericórdia e buscando as vossas promessas, fazei-nos participar dos bens celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios I. 12. 2-11
Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Irmãos: Sabeis que, quando pagãos, vos deixastes conduzir, como o quiseram, aos ídolos mudos. Por isso vos faço saber que ninguém, falando, pelo Espírito de Deus, profere maldições contra Jesus. E ninguém pode dizer: Senhor Jesus, senão no Espírito Santo. Há realmente diversidade de graças, mas há um só Espírito. Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. E há diversidade de operações, mas um mesmo é o Deus, que tudo em todos opera. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para utilidade (comum). Assim, a um é concedida pelo Espírito a palavra da sabedoria, a outro, a palavra da ciência, pelo mesmo Espírito; a um terceiro, a fé pelo mesmo Espírito, a um, a graça de curar doenças no mesmo Espírito, a outro o dom dos milagres; a este, o dom da profecia, àquele, o discernimento dos espíritos; ainda a um, o dom das línguas, e a outro, a interpretação das palavras. Todas estas coisas, porém, opera o mesmo Espírito, que distribui a cada um como quer.
Gradual / Salmo 16. 8, 2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Guardai-me, Senhor, como a pupila dos olhos; protegei-me à sombra de vossa asas. ℣. Venha de vossa face o meu julgamento; vejam os vossos olhos o que é justo.
Aleluia / Salmo 64. 2
Aleluia, aleluia. ℣. A vós, ó Deus, convém louvar em Sião; e a vós se pagará o voto em Jerusalém. Aleluia.
& Evangelho segundo São Lucas 18. 9-14
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.
Naquele tempo, disse Jesus esta parábola a alguns que se tinham a si mesmos em conta de justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: Graças Vos dou, ó Deus, porque não sou como os demais homens: como os ladrões, injustos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo quanto possuo. O publicano, porém, ficando de longe nem ousava levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, e dizia: Ó Deus, sede propicio a mim pecador. Digo-vos que este voltou justificado para a sua casa, e aquele, não; porque, o que se eleva será humilhado, e o que se humilha, será exaltado.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 24. 1-3
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
A Vós, Senhor, elevo a minha alma; meu Deus, em Vós confio, não serei envergonhado. Não se riam de mim os meus adversários, porque, todos os que em Vós esperam, não serão confundidos.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
A Vós, Senhor, sejam consagrados estes sacrifícios que nos concedestes oferecer em honra de vosso Nome, para que ao mesmo tempo se tornem remédio para as nossas almas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 50. 21
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Aceitai, Senhor, sobre o vosso altar o Sacrifício de justiça, as ofertas e os holocaustos.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Nós Vos suplicamos, ó Senhor, nosso Deus, que por vossa bondade não priveis de vosso auxílio aqueles, aos quais não cessais de renovar com os divinos Sacramentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Caridade e Humildade
1 — A liturgia apresenta-nos hoje, como num esboço, através dos textos da Missa, os traços fundamentais da alma cristã. Em primeiro lugar mostra-no-la vivificada pelo Espírito Santo que nela derrama os Seus dons, segundo nos diz S. Paulo na Epístola (I Cor. 12, 2-11). O Apóstolo detém-se a falar dos «carismas», daquelas graças especiais — tais como o dom das línguas, de ciência, de milagres, etc. — concedidas à Igreja primitiva com particular abundância pelo Espírito Santo. Embora estes dons sejam muito preciosos, são porém inferiores à graça e à caridade porque só a graça e a caridade podem conferir à alma a vida sobrenatural; os «carismas» podem acompanhá-la ou não, sem que por isso aumente ou diminua a sua intensidade. S. Tomás observa que a graça e a caridade santificam a alma e unem-na a Deus, ao passo que os carismas são antes ordenados para utilidade do próximo e podem subsistir mesmo naquele que não possui a graça. Aliás, também S. Paulo — e precisamente na mesma epístola, da qual hoje lemos um fragmento na Missa — depois de ter enumerado todos esses dons extraordinários, conclui com a famosa afirmação: tudo isto é nada sem a caridade. Esta é sempre a virtude «centro», a característica fundamental da alma cristã e, ao mesmo tempo, o maior dom que o Espírito Santo pode derramar em nós. Se o divino Paráclito não vivificasse as nossas almas com a caridade e com a graça que lhe está inseparavelmente unida, ninguém poderia fazer o menor ato de valor sobrenatural, nem sequer a pessoa mais virtuosa; «ninguém pode dizer: 'Senhor Jesus' senão pelo Espírito Santo», afirma o Apóstolo. Assim como a árvore privada da seiva vital não pode dar frutos, assim a alma que não é vivificada pelo Espírito Santo não pode realizar ações sobrenaturais. Eis o grande valor da graça e da caridade; vale mais o menor grau de graça e de caridade do que todos os dons extraordinários que podem dispor as almas para o bem, mas não têm poder nem para infundir nem para aumentar em nós a vida divina.
2 — O Evangelho (Lc. 18. 9-14), apresenta-nos outra característica fundamental da alma cristã: a humildade. A caridade é superior porque nos comunica a vida divina, mas a humildade tem uma grandíssima importância por ser a virtude que desimpede o terreno dando lugar à graça e à caridade. Este é o ensinamento que hoje recebemos de Jesus sob uma forma muito viva e concreta, através da parábola do fariseu e do publicano. O Evangelho diz-nos expressamente que Jesus falava para aqueles que «confiavam em si mesmos como se fossem justos e desprezavam os outros»; o fariseu é o seu protótipo e representa-os maravilhosamente. Ei-lo seguro da sua justiça, orgulhoso dos seus méritos: eu não roubo, não sou adúltero, jejuo e pago o dízimo. Que mais se pode pretender? No entanto, este homem soberbo não vê que lhe falta o melhor: a caridade; e isto é tão verdade que se lança contra os outros, acusando-os e condenando-os: «eu não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros, nem como este publicano». Não tendo caridade para com o próximo, também não podia ter caridade para com Deus. Com efeito, entrou no templo para orar e não foi capaz de fazer o menor ato de amor e de adoração e em vez de louvar a Deus pelos Seus benefícios, não fez mais que louvar-se a si mesmo. Na realidade este homem não sabia rezar porque não tinha caridade e não podia ter caridade porque estava cheio de soberba: «Deus resiste aos soberbos e dá a Sua graça aos humildes» (Tgo. 4, 6). Por isso, o fariseu regressa a casa condenado, não tanto pelo Senhor, que gosta sempre de usar de misericórdia, mas pela sua soberba que impede nele a obra da misericórdia.
A atitude do publicano é bem diferente: é um pobre homem, sabe que pecou, tem consciência da sua miséria moral; nem sequer possui a caridade porque o pecado é um obstáculo à caridade; mas é humilde, muito humilde, e confia na misericórdia de Deus: «Meu Deus, tende piedade de mim, pecador». E Deus, que gosta de Se inclinar para os humildes, justifica-o logo: a sua humildade atraíu sobre ele a graça do Altíssimo. Sto. Agostinho diz: «Quanto mais agrada a Deus a humildade nas coisas mal feitas do que a soberba nas bem feitas!». Não, não são as nossas virtudes, as nossas boas ações que nos justificam, mas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde nos nossos corações e que infunde «como Ele quer», mas sempre em proporção da nossa humildade.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
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